O experiente goleiro Dida, do Grêmio, que completou 40 anos nessa semana, vem fazendo um grande Campeonato Brasileiro. Dentre suas técnicas, resolvi destacar uma que achei muito interessante: a barreira inversa em cruzamentos.
Dida é um goleiro que se posiciona de forma muito peculiar nas bolas paradas. Quando há cobrança de falta na sua intermediária, o goleiro se posiciona sempre na linha da pequena área. Sua intenção, assim, é atacar o batedor, diminuindo o seu espaço dentro da área. No caso, da bola ir direto a gol, Dida confia nos seus 1,96m para buscá-la na recuperação.
Outro ponto que chama a atenção nas bolas paradas é a barreira inversa nas cobranças laterais de pé trocado. Destaco abaixo uma jogada diante do Atlético Mineiro, quando o goleiro faz a barreira inversa e Ronaldinho ao se aperceber disto chuta direto a gol. Veja no vídeo abaixo
R10 foi um dos poucos que tentou esse chute direto. Isto porque a grande maioria dos jogadores prefere cruzar a bola na área. Perceba abaixo como o ângulo fica bem diferente, fazendo com que a bola caia mais longe do gol.
A faixa laranja mostra o ângulo do batedor caso ele cruze por fora da barreira. A faixa azul é o possível efeito que o batedor possa dá. Veja que em ambos os casos a bola tende a ir mais longe do gol. Por outro lado, a faixa verde clara mostra o ângulo que o batedor tem para chutar direto em gol, justamente o que fez R10. Nesse caso, mais uma vez Dida se garantiu e pegou firme o chute.
Esta técnica é muito válida, pois cada vez mais sofremos com as bolas paradas que são alçadas quase dentro do gol. Usar a barreira inversa, somente com cobranças de pé trocado, é uma boa alternativa. Apenas não recomendo para cobranças muito próximas a linha de fundo, ou em campos pequenos (com dimensões da área que talvez não sejam oficiais).
Nesta posição grifada acima, é uma baita alternativa para confundir o cruzador e deixar a bola mais longe do nosso gol.
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