Foi uma noite insperada e inesquecível para o goleiro do Botafogo, Gatito Fernandez. Seu clube disputava com o Olímpia, no Paraguai, uma vaga para a fase de grupos na Libertadores. A partida ainda estava empatada sem gols, o que dava a classificação direta. Aos 16 minutos do segundo tempo, veio a primeiro surpresa, quando ele teve de entrar em campo, pois o então titular Helton Leite sentiu uma lesão. Foi como entrar em uma verdadeira fogueira.
Gatito foi formado nas categorias de base do Cerro Porteño, arqui-rival do Olímpia. A torcida vaiou muito o goleiro quando ele entrou no campo. Quando a partida se encaminhava para o 0 a 0, o Olímpia fez boa troca de passes na área e abriu o marcador, em um chute rasteiro na saída do goleiro.
Os 15 minutos restantes foi de verdadeiro sufoco. Gatito parecia prever que se sairia bem nos pênaltis, pois atrasava o jogo o quanto podia. E conseguiu. A classificação foi então decidida na marca dos pênaltis.
Já na primeira cobrança, Gatito acertou o canto e defendeu o chute baixo no seu lado direito. A bola ainda bateu na trave antes de sair. Na segunda cobrança, de Jorge Mendoza, a defesa mais sensacional. O goleiro alvi-negro ficou estático no meio do gol, certamente após ter estudado o batedor. Fez uma defesa de velocidade de reação, espalmando a bola para fora do gol e defendendo a segunda cobrança seguida. No terceiro chute, não teve muito o que fazer em uma cobrança perfeita na bochecha da rede esquerda. Seus companheiros de time correspondiam e ninguém havia errado até a quarta cobrança do Olímpia. No chute derradeiro, Gatito acertou mais uma vez o lado, direito, e espalmou para o lado. 3 a 1 Botafogo. Três defesas em quatro cobranças! Que performance do goleiro paraguaio! Colocou com as duas mãos o seu time na fase de grupos da Copa Libertadores.
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