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Foto do escritorFabio Ritter

Goleiro vs. Atacador de Bola

Quando nas peladas de rua, de praça, de escola ou seja lá onde for, a escolha dos jogadores sempre termina com aquele famosa pergunta: quem vai atacar no gol? Apesar de variar suas palavras, de região para região do nosso continental Brasil, no fundo ela significa a mesma coisa: o pior vai para o gol.

A medida que subimos na hierarquia da qualidade do jogo disputado surge a nossa figura, a do goleiro. Aquele cidadão de luvas e uniforme correspondente à posição. Mais que isso, um jogador com técnica e qualidade específica da posição. Assim, já se difere um goleiro de um atacador de bola.

No nível profissional, ainda podemos encontrar traços de “atacador de bola” em diversos goleiros. Mesmos profissionais, estes atletas revelam atributos provenientes das peladas em suas partidas e campeonatos. A falta de uma técnica mais apurada os torna goleiros atacadores de bola.

No charmoso clássico Fla-Flu, disputado ontem no Maracanã, tivemos um grande exemplo deste duelo goleiro vs. atacador de bola. De um lado, Diego Cavalieri, goleiro do Fluminense. Um goleiro técnico, seguro, firme e com uma ampla caixa de ferramenta. Do outro, Felipe, do Flamengo. Mais próximo de um atacador de bola do que de um goleiro.

Quem acompanha o Guarda-Metas.com sabe que sempre questiono o nosso amigo Felipe. E ontem, vendo a partida, do início ao fim, só reforço minha teoria. Raramente, vejo ele defender uma bola com firmeza. É quase sempre uma defesa parcial. E para piorar, sempre há um voo mirabolante para ludibriar a torcida e imprensa.

No primeiro tempo, em um chute central, Felipe haje como um líbero de vôlei dando uma manchete para fora do gol. Pura falta de técnica, pois ali não se precisava improvisar. O chute pode ter sido venenoso, mas uma defesa em dois tempos, sem escândalo, poderia amaciar a bola.

Saídas do gol? Todas de soco. Nenhuma firme.

No segundo gol do Fluminense, mais um erro, por não saber executar uma defesa com firmeza. A bola o escapuliu e acabou batendo nas suas costas antes de entrar.

Tá bem, mas qual o problema de não defender firme, pode algum desinformado perguntar. O rebote é a chance do adversário prosseguir na jogada e criar uma nova situação de perigo. A defesa firme é o fim do ataque adversário, iniciando uma nova jogada para seu time. Por isso, o goleiro sempre deve pensar na jogada sem rebote.

Goleiro precisa ser simples. Voos e piruetas deixamos para Daiane dos Santos na Ginástica Olímpica. Goleiro tem de proteger sua defesa, ser seguro e, de preferência, não dar rebote. Com Felipe no gol, essa tarefa é quase impossível.


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