*por Fábio Fernandes
Bola cruzada na área do Brasil e: “Sai que é sua Taffarel”. Ou cobrança de pênalti e o mesmo narrador: “Vai que é sua Taffarel”.
Quem não se lembra desses bordões imortalizados por Galvão Bueno em jogos da seleção brasileira, principalmente nos da copa do mundo?
Cláudio André Mergen Taffarel, ou simplesmente Taffarel, nasceu em Santa Rosa no Rio Grande do Sul em 8 de maio de 1966. O jovem garoto gostava muito de esportes. Jogava futebol, handebol e principalmente vôlei, esporte este que parecia que ia seguir carreira. Mas aos 18 anos de idade foi fazer testes no Internacional de Porto Alegre e por lá ficou.
É até hoje um dos ídolos do clube, mas existe a frustração de nunca ter conquista um título pela equipe gaucha.
Em 90 foi para o Parma da Itália, transação que era rara na época em se tratando de goleiro. Ficou até 93. Voltou para o clube italiano em 2001, encerrando sua carreira em 2003.
Jogou no Reggiana, também da Itália, Atlético Mineiro e Galatassaray da Turquia.
Taffarel sempre foi ídolo nas equipes que defendeu. E na Turquia foi ainda mais idolatrado pela fanática torcida do Galatassaray. Lá jogou por três temporadas, foi uma ótima fase já na reta final da carreira.
Os títulos desta “era turca” foram minuciosamente registrados com: dois Campeonatos Turcos, duas Copas da Turquia, uma Supercopa Europeia e uma Copa da Uefa. Esta última foi muito intensa e marcante principalmente para os torcedores. O jogo da final contra o Arsenal terminou 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, sendo que Taffarel foi um dos destaques da partida. Já nas penalidades máximas não defendeu nenhuma cobrança, mas os adversários sabiam a muralha que encontrariam pela frente e isso implicou em tanto capricho que foram duas bolas na trave.
Apesar das glórias nos clubes Europeus e brasileiros, foi na seleção brasileira que ele fez história. É o goleiro que mais vestiu a camisa da seleção principal.
Conquistou duas Copas América. Jogou três mundiais, 90, 94 e 98, conquistando o tetra nos EUA e o vice na Copa da França.
Individualmente, sempre esteve entre os dez no ranking dos melhores goleiros do mundo de acordo com a Federação Internacional de Histórias e Estatísticas do Futebol (IFFHS).
Ficou quatro vezes em sétimo lugar, uma vez em quinto e duas em terceiro.
Foi um excelente goleiro. Há quem diga que foi um divisor de águas no futebol brasileiro referindo-se à ingrata posição. Calma, categoria, senso de posicionamento e reflexo, realmente eram atributos que fizeram dele um dos melhores.
Apesar de 1,82m, saia muito bem do gol. E saia quando era preciso. Se não fosse, guardava a meta.
Taffarel era apontado como “pegador de pênaltis”, diziam que era seu ponto forte. Era sim, mas juntamente com todos os outros fundamentos deste magnífico goleiro. Talvez um dos mais completos arqueiros do futebol brasileiro.
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