As quartas de final da Copa América 2011 mostraram as qualidades dos goleiros sul-americanos. No sábado, foi a vez do uruguaio Fernando Muslera fechar o gol diante da Argentina, em uma atuação pra lá de histórica. Ontem, foi a vez do paraguaio Justo Villar brilhar diante do Brasil e mandar a seleção canarinho de volta pra casa.
O uruguaio Fernando Muslera, de 25 anos, ainda é jovem, mas já foi colocado à prova cedo na sua carreira. Ainda com 24 anos, uma idade baixa para goleiro, foi o titular do Uruguai na Copa da África em 2010. Neste último sábado, teve mais uma prova de fogo: enfrentou a arqui-rival Argentina na casa do adversário. O resultado foi um empate em 1 a 1 com vitória nos pênaltis, mas uma brilhante atuação nos 120 minutos de bola rolando.
Muslera fez a defesa do ano até agora, na minha visão. Depois de uma cobrança de falta, conseguiu mostrar muito recurso ao salvar com os pés um chute desviado na barreira. No rebote, cresceu como um gigante diante do atacante abafando a conclusão. Fez um movimento do estilo de goleiro de handball e mostrando um aspecto muito importante para um goleiro: atacou a bola. Muslera não esperou a conclusão do atacante, ele antecipou-se induzindo o adversário à conclusão.
Depois do milagre, Muslera fez mais outras intervenções importantes, culminando com a defesa de pênalti na cobrança de Tevez, que garantiu o avanço do seu Uruguai às semi-finais da Copa América.
Na partida da seleção brasileira, o paraguaio Justo Villar também esteve inspirado. Fez no mínimo dois milagres em jogadas 1 vs. 1. No primeiro tempo, salvou um chute à queima roupa de dentro da pequena área. Interessante o local aonde a bola pegou. Bem ali naquela região que dói.
No segundo tempo, Villar salvou outra conclusão frontal de Pato, com a ponta dos pés. Assim como Muslera, Villar também atacou o adversário, crescendo na frente dele com o corpo estendido.
Com a nossa eliminação nas quartas de final, só nos resta continuar seguindo a Copa América para aprender um pouco mais das outras escolas sul-americanas. Com certeza esta característica de atacar o advérsario nas situações 1 vs. 1 foi a principal lição desta rodada.
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