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Foto do escritorFabio Ritter

Socar ou não socar, eis a questão

O gol sofrido pelo goleiro Fernando Muslera, do Uruguai, na partida de ontem diante do Chile pela Copa América levantou uma questão interessante. Quando vale socar a bola e quando não vale. Veja o gol abaixo.


Desde pequeno eu sempre aprendi que em primeiro lugar o goleiro deve pensar em agarrar a bola, em uma saída de gol. O soco é um segundo recurso para bolas muito fortes, jogadas de disputa com atacantes ou ainda bolas escorregadias em jogos em campos molhados.

Pois bem, até acho que a jogada de Muslera tinha um contato e uma disputa com atacantes. Já o cruzamento não foi um chute muito forte. Ou seja, o goleiro teria condições de agarrar a bola. Para mim essa seria a primeira decisão. Quem acompanha o GM sabe o quanto critiquei o goleiro Felipe, atualmente do Figueirense, por nunca tentar agarrar uma bola com firmeza, sempre preferindo o soco ou a espalmada.

Muslera optou pelo soco. Também pudera, o Uruguai sofria uma enorme pressão naquela momento com um jogador a menos. A jogada, de fato, trazia uma disputa com atacantes adversários. Aqui, Muslera falhou novamente. Desta vez, na execução. Socou fraco pra frente da área. Assim, ficou fácil para o Chile trocar passes na frente da área e chegar ao gol.

Não podemos crucificar o goleiro por essa decisão. Mas podemos sim alertar que existem decisões melhores na hora de sair do gol. O goleiro deve sempre priorizar agarrar a bola para não dar rebote e acabar com a jogada. Somente quando situações como chute muito forte, disputa forte com adversários ou bola molhada acontecerem é que se deve optar pelo soco.

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